Agenda

A inalação de fumo é a principal causa de morte nos incêndios urbanos. O fumo tem ainda um papel relevante da propagação do incêndio nos edifícios e pode causar danos significativos no imóvel e seu recheio. Por estes motivos, o controlo de fumo é um sistema de grande importância no âmbito da Segurança contra Incêndios em Edifícios (SCIE). Apesar de o RT-SCIE dedicar a esta temática 10% do articulado, essa informação, por si só, não é suficiente para se proceder a um dimensionamento adequado dos sistemas de controlo de fumo. No curso “Controlo de fumo – Conceção, dimensionamento e comissionamento” pretendemos colmatar essa lacuna, fazendo uma abordagem 360º, abarcando os requisitos regulamentares, referenciais normativos internacionais, termodinâmica, projeto de execução e dimensionamento. Os conhecimentos serão consolidados através de um caso de estudo e de uma visita técnica.

Programa

• Regulamento Técnico – Eng. Marco Miguel
  • Exigências regulamentares de CF (em que circunstâncias é exigido e como está dependente da estratégia de compartimentação)
  • Requisitos regulamentares de controlo de fumo do RT-SCIE
  • Virtudes, erros e omissões do RT-SCIE
• Normativos internacionais – Arq. Bruno Lopes
  • Normativa francesa
    • Fazer um paralelo entre a normativa francesa e o regulamento português, destacando as omissões do RT-SCIE e como se pode recorrer à legislação francesa para os colmatar
    • IT 246 (vias de evacuação, locais de risco)
    • APSAD R17 e ICPE Rubrique n° 1510 (indústria)
  • Normativa europeia
    • CEN/TR 12101-5 (locais de risco)
    • EN 12101-13 (pressurização)
• Fenomenologia da combustão e termodinâmica – Eng. João Viegas
  • Fenomenologia da combustão relacionada com CF (produtos da combustão e sua toxicidade; combustão em apoxia, etc.)
  • Conceitos básicos de termodinâmica (camada de fumo, conceito de pluma e ar incorporado, plano neutro, regime laminar e regime turbulento, etc.; 2 ou 3 fórmulas para explicar os conceitos teóricos)
  • NP 4540
• Aplicação num estudo de caso – Eng. Dirceu Santos
• Projeto de execução, instalação e comissionamento – Eng. Hugo Guerreiro
  • Transposição para o projeto de AVAC dos requisitos de SCIE
  • Relacionamento e coordenação com projetista de SCIE
  • Interdependência do CF com outros projetos, nomeadamente arquitetura e com outros sistemas de SCIE, nomeadamente sprinklers
  • Matriz de comando (conceitos da matriz, temporização da matriz versus temporização por autómatos, sequenciação de arranques para evitar picos de tensão, etc.)
  • Metodologia de auditoria e teste de sistemas de CF (máquina de fumo, anemómetro, barómetro)
• Abordagem pelo desempenho – Arq. Paulo Ramos
  • Conceitos básicos do projeto baseado no desempenho
  • Importância da definição de um incêndio tipo para o dimensionamento do CF
  • Software de simulação de incêndios (CFast, FDS; Pyrosim)
  • Software de simulação de evacuação (PathFinder, outros)
  • Exemplos

Formadores

Marco Miguel, Engenheiro Eletrotécnico, com diversas formações na área da Segurança Contra Incêndio em Edifícios, é atualmente especialista de SCIE na ATIVA - Engenharia de Segurança. Formador de diversos cursos, foi docente do ensino superior até 2015 e técnico superior na ANPC até 2010. É coordenador da CT46/SC2/GT5 – Sistemas de controlo de fumo e co-autor do livro “Regulamento de Segurança em Tabelas”.

 

 

 

Bruno Lopes é Mestre em Arquitetura pela Escola Universitária das Artes de Coimbra.  Projetista de Segurança Contra Incêndio de e possui curso avançado de Fire Dynamics Simulator (FDS).  Desde 2013 é colaborador na ETU Lda, atelier especializado em SCIE tendo vindo a especializar-se na simulação de fogos em software.

 

 

 

João Carlos Viegas é Engenheiro Mecânico, Doutorado em Engenharia Mecânica, Investigador-Coordenador do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), Diretor do Centro de Instrumentação Científica do LNEC.

 

 

 

Dirceu Santos é Engenheiro Eletrotécnico formado pelo IST, tendo um Mestrado em Engenharia de Segurança contra Incêndios Urbanos feito na Universidade de Coimbra. Trabalhou na Teixeira Duarte, desempenhando atualmente funções na Action Modulers.

 

 

 

Hugo Guerreiro é Licenciado em Engenharia Mecânica pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa. Tem mais de 20 anos de experiência de Gestão de Projetos de Instalações Técnicas onde participou em projetos de Centros Comerciais, Hotéis, Escritórios, Data Centres, Hospitais, Habitação e Empreendimentos Mistos em Portugal, Brasil e Angola. Atualmente é Operations Manager na LMSA, onde lidera uma equipa de Engenharia multidisciplinar.

 

 

Paulo Ramos | Arquiteto, com pós-graduação em Proteção Contra Incêndios, estando a fazer doutoramento em Engenharia de Segurança ao Incêndio. É especialista de SCIE na ETU com projetos em Portugal, Angola, Argélia e França. É vogal da CT46, presidindo à SC6, que acompanha os trabalhos da ISO/TC 92 Fire Safety. É presidente da SFPE Portugal.

 

 

 

Calendário

• 21-05-2024 | terça | Regulamento Técnico
• 23-05-2024 | quinta | Normativos internacionais
• 28-05-2024 | terça | Fenomenologia da combustão e termodinâmica
• 04-06-2024 | terça | Aplicação num estudo de caso
• 06-06-2024 | quinta | Projeto de execução, instalação e comissionamento
• 18-06-2024 | terça | Abordagem pelo desempenho
• 21-06-2024 | sexta | Visita na zona de Lisboa (seguida de almoço/jantar, não incluído no preço)

Horário

14h30-17h30h (exceto visita)

Local

Online - Plataforma zoom (exceto visita)

Inscrições

Perante a ocorrência de um incêndio ou explosão, em edifícios, com consequências patrimoniais e pessoais de inestimável monta, torna-se de primordial importância o conhecimento da sua causa.

A tomada desse conhecimento assenta em investigações estribadas em protocolos consubstanciados em saberes, métodos, análises metodológicas e interpretações do desempenho, que de forma consertada e convergente permitem recriar todo o desenvolvimento de uma propagação até à identificação do ponto e causa da sua ignição.

O primado da identificação dessas causas será permitir-nos regredir a montante da ocorrência e avaliar quais as premissas incapazes de cumprir os seus objetivos, quando a utilização de um qualquer espaço ou atividade estão subjacentes a um conjunto de normas e medidas, nomeadamente previstas no RT-SCIE, tendentes a minorar a possibilidade de ocorrências.

 

Formador

António Carvalho, é Perito Técnico de sinistros de incêndios e Explosões, na AMP -Peritagens Técnicas, Ld.ª e Prof. Auxiliar no Inst. Univ. Egas Moniz, na Lic. Ciências Forenses e Criminais e na UAL, na Pós-Graduação de Dir. de Segurança.

Licenciado em Eng. Mecânica - ISEL, em Políticas de Segurança -Un. Lusíada e em Estudos de Segurança -Un. Lusófona.

Diretor de Segurança, credenciação MAI.

Foi Coord. de Inv. Criminal da PJ, durante 32 anos; conselheiro do Cons. Nac. de Prot. Civil, oito anos; formador da PJ e do Lab. Pol. Científica em incêndios, 24 anos; formador da ENB, ESA Coimbra, ESA Castelo Branco, Guardas Florestais, GNR/Sepna, Guardia Civil/Seprona e Guardias Forestales/ Icona e Co-Coord. do projeto do Perfil sócio-psicológico do incendiário.

 

Programa 

1. Objetivo do conhecimento das causas do sinistro de incêndio / explosão;
2. Enquadramento legal;
3. Causas mais comuns de incêndio;
4. Estudo de casos práticos (em edificado habitacional e industrial);
5. Condições necessárias à deflagração de um incêndio;
6. Meios de ignição;
7. Metodologia de identificação das causas de incêndio;
8. Tipos e meios de prevenção;
9. Riscos a partir do desempenho;
10. Discussão e Análise.

Horário

Quinta, 26 de setembro | 9h00 - 16h30 

Local

Opção presencial - Bombeiros Voluntários de Sacavém (R. Cidade de Goa 1424, Sacavém) Mapa

Opção online – Plataforma Zoom

 

Inscrições

 

 

No próximo dia 24 de outubro às 18h15 vamos estar no ISEP (Instituto Superior de Engenharia do Porto) a convite do Departamento de Coordenação de Mestrado em Engenharia Mecânica, para uma aula aberta subordinada ao tema Engenharia de Segurança contra Incêndio | Projeto e Investigação.

Formador

Paulo Ramos | Arquiteto, com pós-graduação em Proteção Contra Incêndios. É especialista de SCIE na ETU com projetos em Portugal, Angola, Argélia e França. É vogal da CT46, presidindo à SC6 que acompanha os trabalhos da ISO/TC 92 Fire Safety. É presidente da SFPE Portugal.

Programa 

• Diferença entre um regulamento prescritivo e de projeto baseado no desempenho/exigencial, falando das vantagem e desvantagens de ambos
• Exemplos de análise pelo desempenho de disposições regulamentares, demonstrando que nem sempre apenas por cumprir o regulamento se assegura a segurança dos ocupantes
• Breve comparação regulamentar com outros países europeus (apenas alguns exemplos)
• Conceitos e metodologia do projeto baseado no desempenho
• Estudos de caso de edifícios com projeto baseado no desempenho
• Importância da investigação académica para o desenvolvimento da engenharia de segurança/projeto baseado no desempenho
• Bolsas de estudo que concedidas pela SFPE Foundation

Horário

Quinta, 24 de outubro | 18h15 - 19h45 

Local

ISEP, Rua de São Tomé, Edifício H, Sala G201, 4249-015 Porto

Inscrições

Evento gratuito, não sujeito a marcação. Caso queira assistir basta aparecer.

 

 

 

 

No workshop Intervenção dos bombeiros e requisitos do RT-SCIE, que terá lugar terça-feira, dia 29 de outubro, iremos dar a conhecer aos formandos as necessidades operacionais dos bombeiros e seus equipamentos, relacionando-as com os requisitos regulamentares aplicáveis (acesso aos meios de socorro, acessibilidade às fachadas, hidrantes, câmaras corta-fogo, elevador prioritário, redes de 2ª intervenção, etc.). Será formador o Engº. Vilarim Reis, que é projetista de SCIE mas que tem larga experiência operacional como bombeiro. Será apoiado por um elemento dos Bombeiros Voluntários de São Pedro de Sintra, que dará uma explicação mais detalhada e prática dos vários equipamentos e sistemas abordados.

 

Formador

VILARIM LUÍS DAS NEVES REIS

Engenheiro Técnico de Civil pelo Instituto Superior de Engenharia de Lisboa (ISEL), desde 1982. Desempenhou funções de comandante do Corpo de Bombeiros Voluntários de Portimão durante mais de 15 anos e foi comandante do Setor Operacional Distrital de Faro, sendo atualmente comandante do referido corpo de bombeiros no quadro de honra. Integrou a Comissão Consultiva Nacional para a Área Técnica Operacional da Liga dos Bombeiros Portugueses. Desempenhou ainda funções em diversas entidades e organismos no âmbito dos bombeiros e da segurança contra incêndio. Projetista, consultor e formador para cursos de segurança contra incêndio em edifícios das 2ª, 3ª e 4ª categorias de risco. É vogal da Comissão Técnica 46/SC2/GT2 e na SC6 e presidente da mesa da Assembleia Geral da SFPE Portugal. É sócio-gerente e diretor da ENGIVILLART, Lda., empresa de projetos e consultoria de engenharia contra incêndio.

 

Programa 

Neste curso será mostrado e explicado o funcionamento dos seguintes equipamentos:

• VUCI (veículo urbano de combate a incêndios)
• VCOT
• VE (veículo escada) e/ou VP (veículo plataforma)
• VT (veículo tanque)
• ARICA (aparelho respiratório isolante de circuito aberto)

Serão ainda feitas algumas demonstrações com operacionais dos BVSPS, nomeadamente:

• Linha de água e agulhetas
• Agulheta de alta pressão
• Gerador de espuma
• Uso do ARICA (demonstração por um operacional)
• Plano neutro, dentro de contentor, com fogo real

Horário

Terça-feira dia 29 de outubro

• 9h30 às 13h00 – Parte prática de explicação de viaturas e demonstrações
• 13h às 14h – Almoço nas instalações, opcional (não incluído)
• 14h às 16h – Mesa-redonda com a mediação do Engº. Vilarim Reis
• Visita ao museu dos BVSPS

Local

Quartel dos Bombeiros Voluntários de São Pedro de Sintra

Inscrições

 

 

 

Em Portugal, cerca de 10% dos Incêndios urbanos ocorrem em edifícios industriais (UT XII). Até 2008, os edifícios industriais não estavam enquadrados por qualquer regulamentação de incêndios específica, mas a partir de 2009 passou a estar incluída na regulamentação geral de incêndios, não tendo sido consensual a sua inclusão num regulamento de SCIE que é abrangente. O risco de incêndio da indústria tem muitas especificidades, nomeadamente no que diz respeito às fontes de ignição decorrentes do processo de fabrico, à toxicidade de algumas matérias, ao risco de explosão e à eventual reação dos agentes extintores com a carga de incêndio, entre outros aspetos. É impossível incorporar essa especificidade no regulamento, mas ela tem de ser tida em consideração no projeto de SCIE, mas também na exploração dos edifícios, nomeadamente nas MAPs. Este seminário, que contará com um painel de oradores de excelência, irá dar uma visão 360º da segurança contra incêndios em edifícios industriais, nas suas várias vertentes.

Programa

09:00 Credenciação
09:30 Sessão de abertura
09:45 Painel Riscos especiais | Moderador Pedro Lopes (SFPE Portugal)
09:50 Indústrias Seveso e SCIE | Alice Calmeiro (Relatório Direto Consultores)
10:15 Explosões de pó | Paula Carvalho (P2i)
10:40 Combate aos incêndios em contexto industrial | Nelson Antunes (CM Coimbra)
11:05 Coffe break
11:30 Painel Sistemas de proteção | Moderador a designar (APSEI)
11:35 Especificidade da deteção de incêndios na indústria | Carlos Nobre (CN Engenharia de Segurança)
12:00 Extinção por água em edifícios industriais | Pedro Maia (K360)
12:25 Controlo de fumo em edifícios industriais | Miguel Lobato (Colt Portugal)
12:50 Almoço livre
14:30 Painel Exploração | Moderador Jara Franco (ADSP)
14:40 O papel da ANEPC na UT XII | Orador a designar (ANEPC)
15:05 Manutenção preventiva | Nuno Henriques (ISEL)
15:30 Incêndios industriais | António Carvalho (AMP Peritagens Técnicas)
15:55 Coffe break
16:20 Mesa redonda A regulamentação de SCIE para a UT XII é a que queremos? | Moderador Marco Miguel (SFPE Portugal)
Ferreira de Castro (Action Modulers) | José de Meneses (Makro) | Luís Pedro de Carvalho (Una Seguros)
17:20 Encerramento dos trabalhos

Local e Horário

19 de novembro 2024 | 9h00 às 17h45 | Bombeiros Voluntários Sacavenenses Sacavém

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Inscrições